Há a pouco mais de um ano surgiu no cenário das artes plásticas gaúchas Maurício Morandi, que já vem atraindo olhares e elogios. Um pouco de seus trabalhos pode ser conferido na exposição “Um projeto de Desconstrução”, que a Casa das Artes sedia até o dia 8 de agosto.

A Arte é uma construção complexa, onde várias realidades habitam. Partindo desta relação entre o mundo subjetivo e objetivo, Morandi traz para o público um traço distorcido, com quebras inesperadas. Sua produção é fruto da experimentação, como ser sensível, em desconstruir, onde o caos e o total desligamento do que é real.

Morandi nos conta como funciona essa projeção de suas obras: “em todo processo criativo trago elementos e cenários, os quais permeiam minha memória, e tem a ânsia de virem à tona. É algo que supostamente habite zonas pouco conhecidas de mim, e eu as busco, num esforço tremendo, entrando em conflito comigo mesmo”.

Atleta profissional, Morandi dedicou muito anos ao ciclismo, tendo passagem pela área da Pedagogia. O mundo das artes era algo distante, no entanto quando despertou foi a cristalização de uma epifania, daquele momento que define toda uma vida. De lá para cá, é puro artista, produzindo trabalhos para acervos particulares como em São Paulo, bem como tendo participado em eventos da área como Salão Virtual de Arte Contemporânea e a XII Mostra de Artes Visuais da Associação dos Artistas Plásticos de Bento Gonçalves.

“Considero minha arte como algo inacabado, em constante metamorfose e sedenta de melhoramentos, e não me escondo disso, e essa é a mola propulsora da minha caminhada. Portanto, no momento que inicio um trabalho, utilizo as experiências das quais passei para mirar num horizonte, um horizonte situado no infinito, onde a minha pobre visão não enxerga, e onde quem sabe, talvez um dia eu chegue…”

Serviço

O que: “Um projeto de desconstrução”, de Maurício Morandi
Período de visitação: até 8 de agosto
Horário: 8h às 11h45 e das 13h30 às 22h
Onde: Fundação Casa das Artes – Rua Herny Hugo Dreher, 127, bairro Planalto